Podem estar estranhando o título de nossa postagem, mas ele faz alusão ao modo como as presas políticas do Presídio Tiradentes falavam de si mesmas (‘donzelas da torre’) e como falavam do mundo fora de uma das Bastilhas brasileiras (‘mundão’).
Quem nos revelou isso foi Rose Nogueira, companheira de cela da hoje Presidenta Dilma, em entrevista ao blog Viu o Mundo.
No 22º aniversário da nossa jovem democracia republicana restaurada em 1988 com a promulgação da Constituição Federal, a menina de 17 anos que foi torturada tem a faixa presidencial, maior jóia distintiva da República cingindo seus ombros.
Dilma passa as Tropas em revista. |
Esse dia histórico para a Nação brasileira foi inebriante, iniciando-se sobre as águas da chuva passageira do centro-oeste brasileiro e encerrando-se com o choro de um dos maiores presidentes da história desse país, que não é unanimidade – e é bom que não seja – mas que fez muito pelo Brasil, errando e acertando, acertando e errando.
Na Praça dos Três Poderes, que representa a fina-flor de nossas instituições, 30 mil marias e josés, joões e anãs, crianças e idosos, jovens e adultos, civis e militares acompanhavam atentos o cerimonial simbólico deste rito de passagem. No Plenário do Congresso Nacional, a legitima Casa do Povo, de quem emana todo e qualquer poder, abrigaram-se cerca de 3 mil lideranças políticas, militares, religiosas, delegações internacionais (132 países se fizeram presentes) para testemunhar o Compromisso Constitucional e o primeiro Pronunciamento aquela que foi ungida pelo povo e sagrada pela Lei Presidenta do Brasil.
Hoje, no mundão, uma donzela da Torre se tornou Presidenta, Presidenta de Todos os Brasileiros, acima de coloração partidária, sexo, raça, cor, religião. Presidenta de todos nós, a quem cabe apoiar e cobrar, mantendo a roda viva do jogo democrático funcionando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário